16 de fevereiro de 2010

Inexistência do Futuro


Em tempos fui feliz, graças a alguém. O que me resta são pedaços de amizades, pedaços de um sonho não concretizável. Cada minuto penso no que te tornaste com simples mentiras e manipulações. O mundo é cruel e injusto, não mereces isso.
Enquanto te cumprimento a meio da noite sinto um vazio que me assombra, com uma consistência tremenda, o toque frio da tua mão transmite morte, os teus olhos nos meus transmitem um calor de saudade, como se te ouvisse sussurrar ao meu ouvido "isto não deveria ter acabado assim".
Há um sentimento que toma posse do meu corpo, um sentimento obscuro e malévolo. O quanto eu desejo para que se vá embora e te deixe em paz. Esse sentimento cresceu devido ao que havia de nós e foi destruído por simples mentiras e frases feitas de terceiros.
Muitas voltas e revoltas no presente e no futuro. Exactamente ás 08:01 da manhã me encontrei á tua porta com um sorriso na cara relembrando o que um dia foi de nós até que, uma lágrima foi derramada quando pensei "o que estou aqui a fazer? Não sou eu que vou acabar aqui". Uma tristeza tão profunda entrou dentro de mim e pensei se tinha começado a chover, quando descubri que era simplesmente o meu rosto húmido e velho derramado em lágrimas de tristeza, solidão e revolta. Olhei de novo para o teu humilde lar e virei as costas. Fui-me embora ferido não por fora, mas por dentro, como se me tivessem arrancado o coraçao do meu peito e esfaqueado sem qualquer tipo de misericórdia.
Depois de muito caminhas pelos bosques negros de solidão, chego a casa e caio na cada sem vida. Enquanto os meus olhos se fecham penso "não quero acordar, nunca mais".

Só espero que um dia o meu sonho se torne realidade. Pois quando acordares do sonho de mentiras vais vir á minha procura quando te aperceberás que o Guilherme Dórdio desapareceu... para sempre.

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